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Você já ouviu falar em Kevin Hand? O astrobiólogo é um dos
responsáveis da Nasa pela próxima missão à Júpiter. O especialista
também ficou conhecido por uma declaração, digamos, polêmica.
De acordo com Kevin, daqui a vinte anos (em 2037) nós finalmente teremos evidências capazes de comprovar a existência de uma civilização extraterreste.
Mas, afinal, como o astrobiólogo chegou a essa conclusão?
Vida alienígena nas missões de Júpiter
Divulgação/Nasa
Em uma de suas descobertas pela 6ª lua de Júpiter (chamada de
'Europa'), Hand encontrou evidências da existência de água e acredita
que isso pode ser uma pista sobre vidas extraterrestres.
“A vida precisa de água líquida para existir, os tijolos básicos da vida e alguma forma de energia”, disse Hand em entrevista ao jornal El País.
“Em "Europa", pensamos que o oceano de 100 quilômetros de profundidade
está em contato com um fundo rochoso. Isso significa que pode ter
características comparáveis às que vemos na Terra, com fontes
hidrotermais e os elementos e energia necessárias para que se sustente a
vida”.
Para a próxima missão à Europa, em 2020, Hand disse que a equipe de
cientistas deve coletar mais dados sobre o aspecto e a composição da
superfície da lua de Júpiter. “A missão seguinte já será capaz de
perfurar aproximadamente 10 centímetros de gelo com um pequeno braço
robótico”, contou.
Além da lua de Júpiter, cientistas descobriram que existe água em Plutão e em Marte.
Micróbios e ETs
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Hand não é o único cientista a acreditar que exista vida fora da Terra.
O físico teórico da Universidade Goethe de Frankfurt
(Alemanha),Claudius Gros, propôs um projeto de inteligência artificial
no espaço para interagir com micróbios – micro-organismos que outros
cientistas sustentam que podem ser um ponto de partida para entender
como deve ser a vida em outros planetas.
Gros foi bem mais além do que Hand em suas projeções sobre vidas alienígenas. Disse que a inteligência artificial pode fazer com que os micróbios se adaptem aos climas de cada planeta e possam se reproduzir.
“A inteligência artificial é importante, porque não teremos como
dirigir qualquer coisa sempre que uma sonda chegar a um planeta. Os
robôs terão que decidir se um determinado planeta deve receber micróbios
e se há chances de evoluir ou conhecer algum tipo de vida”, explicou Gros em entrevista à revista Science.
A ideia de Gros é chegar apenas a planetas onde “não há vidas” –
talvez por isso sua teoria seja um passo seguinte ao que propôs o
cientista da Nasa.
“Quando olhamos para nossa capacidade de detectar sinais de rádio e
ópticas de estrelas distantes, em 2035 teremos examinado estrelas
suficientes. Inclusive, em um cenário muito pessimista, em que só há uma
civilização capaz de se comunicar a cada 10 milhões de astros,
poderemos encontrá-la nesses 20 anos”, prevê Kevin Hand. “Isso mudaria
por completo nossa maneira de entender o Universo e nosso lugar nele”.
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