Imagem retirada do Facebook de Josineudo, seu filho.
Jaguaruana
está de luto, vou tentar falar um pouco de uma grande pessoa que até amanhã, de
hoje, fez parte da história de nossa cidade, mas infelizmente, foi atender ao
chamado do Pai. Estou falando de um grande amigo do meu pai e muito conhecido
em nossa Jaguaruana. Seu nome verdadeiro, confesso aos amigos que, não sei, mas
quando se falar em "CABILEIRA" eu acredito que dez entre dez pessoas
perguntadas, sabem quem é.
Tive o
prazer de conhecer o meu amigo Cabileira, ainda, quando Jaguaruana tinha o
antigo mercado do peixe que recentemente foi reformado. Era lá enfrente que o
mesmo, todas as manhãs, amarrava seu cavalo com sua carroça e ficava a espera
de pessoas que o contratasse para fazer um freto. Certo dia, não faz muito
tempo, trabalhando no Bairro do Córrego das Melancias, conversamos bastante. A
carroça e o cavalo já não possuía mais, estava contente por não precisar mais
fazer aquele serviço tão pesado, mas que o fez
por muitos anos, com amor e dedicação.
Lembro-me
que neste dia, estava eu e outro colega a vacinar os cães e gatos daquela
localidade. Entramos em sua residência para vacinar dois cachorros e um gato.
Como sempre, fomos bem recebidos, água gelada e café, era assim que ele recebia
os Agentes de Combate às Endemias de Jaguaruana. Uma pessoa sincera, humilde e
que tinha um trauma, não gostava de comprar fiado, como costumamos a dizer por
aqui, a ninguém. No futebol torcia pelo Fortaleza e não aceitava que falassem de mal do LEÃO.
Foi um
momento daqueles que jamais vou esquecer. Em nossa conversa ele falou, também,
da luta de meu pai, seu Manuel do Quebra Queixo, para criar nossa família. Mostrou-me
um gato de estimação que ficava a olhar, todas as noites, quando o mesmo vinha
se aproximando de casa para se encontrar com ele e disse está muito feliz por
não mais ingerir bebida alcoólica. Finalizando nosso bate papo, disse agradecer
a Deus por seus filhos estarem todos bem encaminhados no lado profissional e
falou da luta de seu filho Josineudo que hoje é Maestro da Banda de Música em
uma cidade do Rio Grande do Norte.
Assim era
Cabileira, um cidadão que poucas pessoas de Jaguaruana o conheceram por seu
nome de origem, mas que não se acanhava ou tinha raiva do codinome que lhes foi
dado. Faltou perguntá-lo porque surgiu esse nome e como surgiu, infelizmente, da
boca dele não vou mais poder saber. Deixo aqui, para toda família, meu sincero
sentimento. Infelizmente a dor da perda é horrível, passei isso há poucos meses
quando perdi minha mãe. De certa forma, fica a certeza de que Deus chamou para
seu Plano, mais um filho Jaguaruanense de bom coração.
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