Juazeiro do
Norte. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme), entre as 7h de domingo e 7 h de ontem, choveu em 111 dos 184
municípios cearenses. Os destaques foram o Litoral Norte e a Serra da Ibiapaba.
Os cinco maiores índices pluviométricos foram observados em Bela Cruz (87mm),
Pires Ferreira (66mm), Granja (58mm), Orós (55mm) e Lavras da Mangabeira
(52,7mm).
Para a manhã
desta terça-feira, a previsão é de nebulosidade variável com chuvas em todas as
regiões do Ceará. Na porção sul, porém, as pancadas devem ser mais
significativas. A previsão para quarta-feira também é de nebulosidade variável
com chuvas em todas as regiões.
Essa
nebulosidade está associada a um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) que
está a oeste do Nordeste brasileiro. A Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT), principal indutor de chuvas para o trimestre fevereiro, março e abril,
está afastada do norte do Nordeste, o que explica a perda de intensidade das
últimas precipitações. Em Juazeiro do Norte, na região do Cariri, a chuva que
caiu com intensidade no fim da madrugada e início da manhã de ontem fez com que
a temperatura no município despencasse. Por volta das 10h30, alguns termômetros
registram 21ºC. A última vez que a temperatura tinha caído a este ponto foi em
janeiro último. Naquele mês, em duas ocasiões, os termômetros registram 20ºC ao
meio-dia.
Segundo a
Funceme, a média histórica da cidade nos primeiros meses do ano gira em torno
dos 33ºC, com picos que podem chegar a 35ºC, com sensação térmica acima dos
38ºC. A explicação para a redução na temperatura em Juazeiro está associada à
intensidade dos ventos, somada ao volume pluviométrico verificado durante o fim
da madrugada e início de toda a manhã.
Açudes
Devido à
irregularidade das chuvas e sua concentração em regiões com pouca quantidade de
reservatórios, o nível nos açudes pouco se alterou. O volume total nos 153
reservatórios continua baixo (7,64%). De ontem para hoje, a Companhia de Gestão
dos Recursos Hídricos (Cogerh) observou aporte em 91 açudes, com destaque para
Araras (Varjota); Itaúna (Granja); Castanhão (Alto Santo); e Taquara (Cariré).
Estes aportes permitiram que os açudes Fogareiro, Jatobá II, Junco, Premuoca,
São Domingos II, Tejuçuoca e Várzea da Volta deixassem o volume morto e que os
açudes Canafístula, Jerimum, Pau Preto e Umari saíssem da categoria secos. Dois
açudes estão com 100% de sua capacidade (Caldeirões e Maranguapinho) e 129 com
volume abaixo dos 30%, dentre os quais 47 estão no volume morto e 26 estão
secos.
Fonte: Diário do Nordeste
Por
André Costa - Colaborador
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