Número de mortos após tremor na fronteira entre Iraque e Irã passa de 400

Terremoto de 7,3 de magnitude atingiu a região no domingo (12). Número de feridos passa de 6,7 mil.

Por G1
Funcionário do Crescente Vermelho realiza trabalho de busca para encontrar sobreviventes em destroços de prédio destruído na cidade de Sarpol-e-Zahab, após terremoto (Foto: Pouria Pakizeh/ISNA/AP)

O número de mortos após o tremor na região da fronteira entre Irã e Iraque passa de 400 nesta segunda-feira (13). Os feridos são mais de 6,7 mil. O epicentro do terremoto de magnitude 7,3 foi registrado a 22,4 km de Derbendîxan, no Iraque, na tarde deste domingo (12). Os trabalhos de resgate e de retirada de escombros continuam nesta manhã, e o número de vítimas pode aumentar.

No Irã, 407 pessoas morreram e 6.700 ficaram feridas, de acordo com a agência de notícias Associated Press.

Já no Iraque, o tremor deixou sete mortos e 300 feridos na região do Curdistão iraquiano, segundo a CNN, citando o ministro da Saúde da região, Rekawt Hama Rasheed. A província de Suleimaniya foi a mais atingida. Esse já é o tremor que mais deixou mortos em 2017, superando o número de vítimas do cismo que atingiu o México em setembro.

O terremoto, que ocorreu às 21h18 (horário local, 16h18 em Brasília), atingiu todas as províncias do Iraque e foi sentido na capital Bagdá por 20 segundos.

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No vídeo acima, é possível ver o momento em que o abalo surpreende apresentadores de uma TV iraquiana durante uma transmissão ao vivo.

Homem caminha entre prédios destruídos por terremoto em Darbandikhan, no Iraque (Foto: Ako Rasheed/Reuters)

Cidade afetadas

No Irã, o tremor foi sentido em várias províncias, sendo que a mais atingida foi Kermanshah. Na cidade de Sarpol-e Zahab, a cerca de 15 km da fronteira com o Iraque, o principal hospital ficou gravemente danificado. As populações de Ghasr Shirin (na fronteira), Sarpul e Azgale estão entre as mais afetadas.

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Habitantes de Sarpol-e Zahab, no Irã, buscam abrigo após terremoto (Foto: Agência de notícias Tasnim/Reuters)

A barragem iraquiana de Darbandijan, em Sulaimaniyah, ficou danificada por causa do terremoto e provoca preocupação. O diretor da barragem, Rahman Hani, afirmou que há "danos muito claros ao topo da barragem".

A obra foi concluída em 1961, sendo considerada a "mais forte construída nos últimos cem anos". A represa contém 1,5 bilhão de metros cúbicos de água e está atualmente com 55% de sua capacidade, segundo a EFE.

Desabrigados

Cortes de energia elétrica foram registrados no Irã e no Iraque. As autoridades iraquianas solicitaram aos moradores de Darbandajan que durmam fora de suas casas. O mesmo ocorreu na província iraniana de Ilam, onde alguns habitantes foram aconselhados a deixar a região por precaução.

A BBC, citando uma organização humanitária não identificada, afirma que 70 mil pessoas ficaram desabrigadas apenas no Irã. Caminhões seguem para a província Sulaimaniyah com 3 mil barracas e abrigos, 10 mil camas, colchões e comida.

Homem é fotografado sentado sobre destroços, nesta segunda-feira (13), após tremor que atingiu a província iraniana de Kermanshah. (Foto: Tasnim News Agency/ Reuters)

O esforço de busca por sobreviventes é intenso, mas algumas vias que dão acesso às cidades atingidas estão bloqueadas após deslizamentos de terra, de acordo com a imprensa internacional.

O terremoto também foi sentido no sudeste da Turquia, perto da fronteira com Irã e Iraque. Na cidade de Diyarbakir, os habitantes saíram de suas casas durante o terremoto, mas retornaram pouco depois. Não houve registro de vítimas turcas.

Em seu Twitter, o presidente do Brasil, Michel Temer, prestou solidariedade às famílias das vítimas da tragédia.

Triste a notícia do trágico terremoto em região de fronteira entre o Irã e o Iraque. Estendemos nossa solidariedade aos que perderam entes queridos, aos que se feriram, aos povos amigos desses dois países.

Sobreviventes do terremoto se esquentam em fogueira em frente a prédios destruídos na cidade de Sarpol-e-Zahab, no oeste do Irã, na manhã desta segunda (13) (Foto: Pouria Pakizeh/ISNA via AP)

Papa Francisco

O Papa Francisco está “profundamente entristecido” com a tragédia na fronteira entre o Irã e o Iraque.

O pontífice "garante a todos os afetados por esta tragédia suas orações de solidariedade" e "rezará pelos que morreram e lhes confia à misericórdia do Senhor".

"Quanto aos feridos e às autoridades sanitárias e civis encarregadas do resgate e das hospitalizações, sua Santidade invoca bênçãos de consolo e força", conclui a mensagem divulgada pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.

Falhas geológicas

O Irã está situado em uma região com grandes falhas geológicas e é um dos países mais ativos do mundo sismicamente.

Carro destruído sobre destroços de prédio após terremoto na cidade de Sarpol-e-Zahab, no Irã (Foto: Pouria Pakizeh/ISNA/AP)

Em 2003, um terremoto de magnitude 6,6 em Bam, na província de Kerman (sudeste do Irã), matou 31 mil pessoas e deixou a cidade praticamente destruída.

Em abril de 2013, dois terremotos foram registrados no Irã, com poucos dias de intervalo, de magnitude 6,6 e 7,7 – este último o mais forte no país desde 1957, segundo a France Presse.

Em junho de 1990, um terremoto de 7,4 graus no norte do Irã, perto do mar Cáspio, deixou 40 mil mortos e mais de 300 mil feridos, além de meio milhão de desabrigados. Em poucos segundos foi devastada uma superfície de 2.100 quilômetros quadrados, onde ficavam 27 cidades e 1.871 vilarejos nas províncias de Ghilan e Zandjan.

Mapa mostra região do terremoto, na fronteira do Iraque com o Irã (Foto: Alexandre Mauro/G1)
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Sobre jaguarverdade

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