21 casos de picadas de cobras e escorpiões são registrados em 15 dias em Belém do Pará.

Dados são referentes a primeira quinzena de 2019. Período chuvoso pode aumentar incidência de acidentes com animais peçonhentos.

Por G1 Santarém — Pará
21 casos de picadas de cobras e escorpiões são registrados em 15 dias no HMS — Foto: Renato Gaiga/Arquivo pessoal

Pequenos e perigosos. Assim são muitos animais peçonhentos, que representam perigosos à vida e saúde humana. Nos primeiros 15 dias do ano, em Santarém, no oeste do Pará, 21 pessoas já deram entrada no Hospital Municipal D. Alberto Alberto Sotelo (HMS) vítimas de picadas desses animais.

O levantamento feito pelo setor de epidemiologia da unidade apontou que desse total, 16 casos são de pessoas picadas por cobras e 5 foram vítimas de escorpiões.

Para o infectologista do HMS Alisson Brandão, a única forma de evitar que esses números cresçam é a prevenção, mesmo Santarém sendo um município considerado endêmico em relação a animais peçonhentos.

Apesar de registros serem feitos durante ao ano todo, no período chuvoso a incidência de acidentes tende a aumentar, uma vez que os animais começam a procurar lugares mais secos para se abrigar, como dentro das casas.

Escorpiões como o Tityus serrulatus colocam em risco sobretudo a vida de crianças menores de sete anos e idosos — Foto: Letícia Delphino/Instituto Butantan

Nos casos dos escorpiões e aranhas, vale ficar atento: por serem pequenos podem facilmente entrar nos calçados, cantos de assoalhos, buracos na parede, ralos e até mesmo ficar em almofadas e lençóis.

Já nos casos das cobras, principalmente para quem mora na região de rios e área rural, a orientação é ligar o alerta, usar botas e calças folgadas, esses objetos dificultam o bote. “O animal, pelo próprio instinto de sobrevivência, busca abrigo longe da chuva, tende a sair da várzea e da água, se aproximando das moradias”, disse infectologista.

Orientações

Em caso de acidentes, a orientação que deve ser feita imediatamente é procurar ajuda médicas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais. Na região oeste do Pará, o HMS é referência no tratamento com soros antivenenos, como antiofídicos e antiescorpiônicos.

“O especialista irá avaliar a gravidade do acidente para decidir se é necessário aplicar o soro nos casos de escorpião. E nos casos de cobras venenosas, é aplicado poucos minutos após a chegada”, explicou o infectologista.

Os soros mais usados em 2018 foram para picadas de cobra da espécie Jararaca. Manuel da Silva Viana, 37 anos, morador da comunidade Terra Preta, na região de várzea, foi uma vítima desse tipo de cobra. O fato aconteceu no domingo (21). Ele conta que foi subir em uma árvore de açaizeiro quando a serpente picou o braço direito.

“Eu não esperava que ela estivesse por perto. Foi muito rápido, quando eu me dei conta, ela já estava indo embora”, falou.

O paciente fez o tratamento com soro específico e deverá receber alta em breve.

Edlei Pereira, de 23 anos, também morador da várzea, foi picado por uma surucucu. “Eu trabalho de vaqueiro. Eu fui atrás do gado no meio do mato, mas eu fui sem bota. Esse foi o meu erro. A cobra pegou um pouco acima do meu calcanhar”, relatou. O paciente se recupera e está estável.

O contato com animais peçonhentos pode até levar à morte caso a pessoa não seja socorrida e tratada adequadamente. O atendimento médico deve ser o mais rápido possível. “Deve-se evitar soluções caseiras, aplicar qualquer tipo de substância no local da picada ou "chupar o veneno"”, finalizou Alisson Brandão.
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Sobre jaguarverdade

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