A crise política federal envolvendo partidos como PT, PSDB, PMDB e
outras siglas com representações no Ceará pode influenciar no pleito
municipal de Fortaleza no próximo ano. Isso porque representantes dessas
legendas têm pretensão de disputar a Prefeitura da Capital. Apesar do
clima de incertezas, alguns deputados estaduais cotados para a disputa
continuam trabalhando na tentativa de viabilizar suas candidaturas.
Um dos primeiros nomes escolhidos como postulante ao cargo de prefeito
em 2016, o deputado Renato Roseno (PSOL) afirmou que, devido a pautas
empreendidas pelo Congresso Nacional, com possível ruptura
institucional, há um cenário de insegurança para as eleições do próximo
ano. "O momento é inseguro, mas precisamos vencer essa crise atual",
expõe.
O socialista afirmou que o PSOL tem sido prejudicado desde a reforma
política aprovada pelo Congresso, a qual ele chama de "mordaça" para
pequenos partidos com ideologia forte. "Não podemos participar do
debate, vamos ter dez segundos de tempo de TV e a campanha também foi
reduzida. Vamos ter que vencer essa tentativa de esmagamento fazendo
muita militância de base", defendeu.
Heitor Férrer, nome do PSB para a disputa em Fortaleza, afirmou que
qualquer escândalo envolvendo um integrante da política respinga em
todos, já que a classe política, na avaliação dele, tem pouco crédito
junto à população. Ele destacou, no entanto, como contraponto à falta de
credibilidade, o candidato deve continuar com comportamento idôneo. "O
eleitor vota quando confia", ressaltou.
Heitor destacou que até março mudanças ocorreram em todo o quadro
político local, acrescentando que dezembro e janeiro são meses que têm
"gás paralisante" na política. "Sabemos que o processo de alianças só
começa depois de fevereiro, depois do Carnaval", citou.
Incertezas
O PSC é oposição ao Governo Dilma e tem como bandeiras a valorização da
família com base em ensinamentos cristãos. Para Bruno Pedrosa (PSC),
que pretende ser candidato a prefeito na Capital, cenário é de
incertezas. "O partido tem projeto de lançar candidaturas em várias
capitais e Fortaleza não pode ficar de fora disso", disse. Ressaltou que
o Estado passa por problemas graves, como a crise financeira, que devem
ser priorizados.
Elmano de Freitas, presidente do PT em Fortaleza e um dos nomes cotados
para a disputa, disse avaliar que a eleição nos municípios tende a se
sobrepor aos temas nacionais. "Não acho que o eleitor, na hora de votar,
define as candidaturas nos municípios pelos nomes que estão se
apresentando nessas forças políticas nacionais. As propostas que vão ser
apresentadas é que serão critérios na questão do voto".
Tin Gomes (PHS) afirmou que sua pré-candidatura à Prefeitura de
Fortaleza está mantida. Fazendo críticas à gestão atual, ele alegou que,
mesmo com as dificuldades do Congresso, a sigla colocará seu nome para
apresentar soluções para a cidade.
Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br
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