Crise nacional deve afetar eleição municipal


Para Heitor Férrer, todos os partidos devem enfrentar dificuldades no próximo pleito diante dos escândalos de corrupção divulgados nacionalmente ( FOTO: FABIANE DE PAULA )
A crise política federal envolvendo partidos como PT, PSDB, PMDB e outras siglas com representações no Ceará pode influenciar no pleito municipal de Fortaleza no próximo ano. Isso porque representantes dessas legendas têm pretensão de disputar a Prefeitura da Capital. Apesar do clima de incertezas, alguns deputados estaduais cotados para a disputa continuam trabalhando na tentativa de viabilizar suas candidaturas.

Um dos primeiros nomes escolhidos como postulante ao cargo de prefeito em 2016, o deputado Renato Roseno (PSOL) afirmou que, devido a pautas empreendidas pelo Congresso Nacional, com possível ruptura institucional, há um cenário de insegurança para as eleições do próximo ano. "O momento é inseguro, mas precisamos vencer essa crise atual", expõe.

O socialista afirmou que o PSOL tem sido prejudicado desde a reforma política aprovada pelo Congresso, a qual ele chama de "mordaça" para pequenos partidos com ideologia forte. "Não podemos participar do debate, vamos ter dez segundos de tempo de TV e a campanha também foi reduzida. Vamos ter que vencer essa tentativa de esmagamento fazendo muita militância de base", defendeu.

Heitor Férrer, nome do PSB para a disputa em Fortaleza, afirmou que qualquer escândalo envolvendo um integrante da política respinga em todos, já que a classe política, na avaliação dele, tem pouco crédito junto à população. Ele destacou, no entanto, como contraponto à falta de credibilidade, o candidato deve continuar com comportamento idôneo. "O eleitor vota quando confia", ressaltou.

Heitor destacou que até março mudanças ocorreram em todo o quadro político local, acrescentando que dezembro e janeiro são meses que têm "gás paralisante" na política. "Sabemos que o processo de alianças só começa depois de fevereiro, depois do Carnaval", citou.
 
Incertezas
O PSC é oposição ao Governo Dilma e tem como bandeiras a valorização da família com base em ensinamentos cristãos. Para Bruno Pedrosa (PSC), que pretende ser candidato a prefeito na Capital, cenário é de incertezas. "O partido tem projeto de lançar candidaturas em várias capitais e Fortaleza não pode ficar de fora disso", disse. Ressaltou que o Estado passa por problemas graves, como a crise financeira, que devem ser priorizados.

Elmano de Freitas, presidente do PT em Fortaleza e um dos nomes cotados para a disputa, disse avaliar que a eleição nos municípios tende a se sobrepor aos temas nacionais. "Não acho que o eleitor, na hora de votar, define as candidaturas nos municípios pelos nomes que estão se apresentando nessas forças políticas nacionais. As propostas que vão ser apresentadas é que serão critérios na questão do voto".

Tin Gomes (PHS) afirmou que sua pré-candidatura à Prefeitura de Fortaleza está mantida. Fazendo críticas à gestão atual, ele alegou que, mesmo com as dificuldades do Congresso, a sigla colocará seu nome para apresentar soluções para a cidade.

Fonte:  http://diariodonordeste.verdesmares.com.br
 

 
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