Secretaria de Estado da Justiça
e da Cidadania do RN informou que 56 presos fugiram durante rebelião,
porém o número pode ser ainda maior
Dos
26 presos mortos durante os 13 dias de confronto entre facções rivais,
quatro ainda não foram identificados Foto: Josemar Gonçalves
Um mês após a maior rebelião já registrada no sistema
penitenciário do Rio Grande do Norte, pelo menos mil detentos continuam
soltos nos pavilhões destruídos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na
região metropolitana de Natal.
Outros 400 presos dividem 20 celas na Penitenciária Estadual Rogério
Coutinho Madruga, vizinha à Alcaçuz, de onde os internos fugiram para
atacar os pavilhões ao lado. Dados oficiais apontam que 26 homens
morreram e 56 fugiram, mas os números podem ser maiores.
Dos 26 presos mortos durante os 13 dias de confronto entre facções
rivais que disputam o poder em Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga,
quatro ainda não foram identificados.
Na semana passada, mais um crânio foi encontrado na área interna de
Alcaçuz. Até hoje, 12 cabeças foram recolhidas do complexo prisional e
também dependem de exames minuciosos para identificação.
A Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc/RN) informou
que 56 presos fugiram durante a rebelião. O número, porém, pode ser
ainda maior, pois ao menos 20 apenados sumiram das duas penitenciárias e
o governo do Estado não sabe se eles morreram, fugiram ou saíram das
cadeias por força de alvará de soltura.
Futuro
Em coletivas de imprensa após a rebelião, o governador do Rio Grande
do Norte, Robinson Faria, anunciou que vai desativar Alcaçuz. A
penitenciária, inaugurada no final da década de 1990, foi concebida para
ser de segurança máxima e tinha capacidade oficial para abrigar 620
apenados.
No dia da rebelião, em 14 de janeiro, a Penitenciária Estadual de
Alcaçuz abrigava 1,2 mil homens. Desde março de 2015, após as primeiras
grandes rebeliões na unidade, os presos circulam livremente pelos
pavilhões.
As ações emergenciais para reforçar a segurança no complexo prisional
e dividir as duas penitenciárias por meio da construção de um muro
custarão R$ 794 mil ao governo do Rio Grande do Norte. (AE)
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