Completadas duas semanas a frente da presidência do
Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) quer deixar sua marca na gestão da
Casa. A primeira medida seria se distanciar politicamente de seu
antecessor, Renan Calheiros (PMDB-AL). As informações são do Jornal O
Globo, da edição deste domingo.
Entre as medidas tomadas, Eunício trocou o chefe de gabinete da
presidência, emparedou o secretário-geral da Mesa e fez o líder do
governo, Romero Jucá (PMDB-RR), desistir de apresentar uma PEC que
restringia a investigação dos presidentes da Câmara, do Senado e do
Supremo Tribunal Federal (STF) enquanto estivessem no mandato.
Ele já havia sinalizado que não seguiria a linha confronto direto
com outros poderes. A surpresa foram as medidas tomadas internamente que
praticarem desmonta a estrutura de poder cultivada por Renan.
Na semana passada, Eunício demitiu o chefe de gabinete da presidência
de Renan, Alberto Cascais e nomeará Jussanan dos Santos, que chefiava o
gabinete da liderança do PMDB enquanto Eunício era líder.
Cascais também pode perder o poderoso cargo de advogado-geral do
Senado, que acumula com a chefia de gabinete. Eunício pretende nomear
alguém “mais afinado” com seu estilo.
Outros aliados de Renan também estão na mira de Eunício, como o
secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira. Tido como um dos
servidores de extrema confiança de Renan.
Apenas citado na Lava-Jato, Eunício, quer demonstrar que segue
independente dos antigos caciques do senado, como Renan e Romero Jucá,
citados nas investigações. Ele tem dito a interlocutores que é a “ovelha
desgarrada”.
Fonte: www.cearaagora.com.br
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