O ano de
2017 não começou bom para o homem do campo que mora na Zona Rural de nossa
Jaguaruana. Com o baixo volume das chuvas caídas no mês de Janeiro, logo passou
uma dúvida na cabeça de todos que já vinham sofrendo com cinco anos de
escassez. Será que vamos ter mais um ano de SECA? Essa era pergunta que mais
sai da boca de quem só tinha, com sobra depois de vários anos atormentadores, a
Fé em Deus e a esperança de que a Mãe Natureza fosse solidária com todos.
Passado o
Mês de Janeiro e logo com a chegada de Fevereiro, as esperanças começaram a
brotar no cair das primeiras chuvas. Durante todo o mês várias e fortes chuvas
caíram sobre a terra da Rede, fato que alegrou a todos e principalmente aos
irmãos que sobrevivem da agricultura, ou o conhecido homem do campo. Fevereiro
foi bastante chovido e segundo as informações que temos, as chuvas caídas
ultrapassaram a média histórica.
Com o chão
molhado o pasto nascido, o que faltava era as sementem serem enterradas,
sementes essas que foram distribuídas pela Ematerce, órgão do Estado do Ceará
que trabalha em parceria com o município de Jaguaruana. Com o chão bastante molhado e com a certeza
de que as sementes nasceriam os agricultores de Jaguaruana não perderam tempo e
logo foram para seus roçados para fazerem o plantio de milho e feijão, na
esperança de que as chuvas iam continuar a cair.
Março chegou
e logo no primeiro dia do mês, os sinais vieram do Céu, anunciando que os bons
tempos, realmente, voltaram. Mesmo com intervalos de veranicos, o que é muito
bom para lavoura, às chuvas caídas no mês, também, ficaram dentro da média
histórica aqui na cidade.
Hoje andando
pela Zona Rural de nossa Jaguaruana e vendo as paisagens esverdeantes por causa
das chuvas, não dá para acreditar que há, exatos, três meses atrás, as únicas
coisas que víamos com fartura era, lamento, escassez, sofrimento e esperança de
que um dia tudo poderia mudar.
Hoje estamos
no 5º dia do mês de Abril e assim como foram os meses de Fevereiro e Março,
nossa cidade continua a ser banhada por um grande volume de chuvas. O nosso Rio
Jaguaribe, que passou o ano de 2016 totalmente seco sem uma gota de água correr
em seu leito, já está a completar dois meses consecutivos com as águas correndo
em seu leito sem parar. Os animais antes caídos e magros, hoje no embelezam os
olhos ao vermos, os mesmos, com suas barrigas cheias e com água farta a todo
instante.
Na lavoura
os agricultores começam a se prepararem para a coleta. Milho, feijão, já está
se aproximando do ponto ideal de ser consumido. Melancias, jerimuns e os
maxixes, legumes consumidos em nossa culinária aos poucos, já começam mostrar
suas caras e já podem ser vistos, coisa que fazia anos que isso não acontecia.
Por outro lado ficamos encantados com a alegria e a felicidade do sertanejo que
com sua fé em Deus, nunca desistiu.
Finalizando
esse artigo não poderia deixar de homenagear ao meu avô, um grande agricultor
que criou seus filhos com o sustento tirado da Terra. Se hoje fosse vivo
estaria muito feliz com essas chuvas e ao meu pai, um senhor simples, mas que
fez da agricultura o meio de sobrevivência para nossa família. Apesar de ainda
está vivo ele não planta mais, mas eu sei que dentro do seu peito no pulsar da
batida de seu coração, a alegria por está vendo, de volta, as chuvas caírem com
frequência em nossa cidade, está estampado em seu rosto. Obrigado Deus que as
chuvas continuem e que possamos ter uma boa safra.
0 comentários:
Postar um comentário