Escrito Por Paulo Nobuo
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Mesmo com os vários avanços sociais e desmistificação de certos temas, o sexo e a virgindade até hoje continuam sendo fonte de dúvidas e tabus e ainda levantam discussões por serem conceitos bastante subjetivos.
O que é perder a virgindade
Do ponto de vista físico, a presença do hímen, fina membrana que reveste o canal vaginal e que geralmente é rompida durante o ato sexual, poderia definir de maneira direta e prática se uma mulher é virgem ou não.
Similarmente, o início da vida sexual do homem poderia ser definido a partir do momento em que ele pratica penetração na mulher.
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No entanto, existem inúmeros problemas com este conceito. O primeiro e mais óbvio, no caso das mulheres, é que existem diferentes tipos de hímen, e nem todos se rompem com a penetração. Portanto, seguindo a lógica, mulheres que têm o hímen elástico nunca perderiam a virgindade.
Outra questão, esta ainda mais séria, é que a ideia de que a perda da virgindade equivale à primeira conjunção carnal de uma pessoa exclui grupos que não praticam este ato devido às suas sexualidades. Ou seja, uma mulher homossexual, por exemplo, jamais perderia a virgindade. O mesmo valeria para homens homossexuais, já que não há uma vagina incluída na relação.
O último problema na tese está em limitar a ideia de virgindade a uma pequena parte do sexo: a penetração, que é, de fato, usada erroneamente como sinônimo de sexo. Masturbação a dois, sexo oral e sexo anal, para citar as práticas mais comuns, são todos contatos íntimos que fazem parte da interação sexual.
Não faz sentido, portanto, considerar que é sexo somente quando há penetração do pênis na vagina.
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