General Etchegoyen defende a punição de policiais do Rio e ES
O
ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio
Etchegoyen, disse ao Estado que “neste momento não há nenhum indicativo
que sinalize a necessidade de as Forças Armadas permanecerem no Rio após
o dia 22”. O general afirmou ainda que os policiais do Espírito Santo e
do Rio que integraram o motim “têm de ser enquadrados e punidos”, assim
como quem incitou o movimento.
Ele destacou também que “o governo não vai apoiar nenhum projeto no
Congresso de anistia aos policiais militares”. A bancada da bala no
Legislativo já articula projetos nesse sentido.
O ministro Etchegoyen também descartou qualquer possibilidade de o
Exército fazer o trabalho de patrulhamento ou de segurança da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro, sobretudo para votações de projetos de
interesse do governo, como pleiteou o Estado. “As Forças Armadas não vão
para a Alerj. Este é um trabalho a ser feito pela Força Nacional e pela
Polícia Militar do Rio de Janeiro”, avisou o ministro.
Etchegoyen não quis comentar sobre o incômodo dos militares com o
emprego constante das Forças Armadas e por tempo prolongado.
Oficiais-generais ouvidos pelo Estado alegam que deixar as tropas
federais durante o carnaval, no Rio, seria uma espécie de senha para que
os PMs prorrogassem a greve e deixassem o Exército, a Marinha e a
Aeronáutica assumir a segurança do Estado.
"A missão de Garantia da Lei e da Ordem é constitucional, mas ela tem
de ser excepcional, eventual e pontual, não de devendo ser prolongada e
sim limitada no tempo e no espaço", disse o ministro, reconhecendo que o
pedido de Pezão foi "extenso" e "genérico", mas ressaltou que "as
condições e prioridades de emprego serão determinadas pelo Ministério da
Defesa".
O ministro classificou ainda como "privilegiada" a carga horária de
várias polícias militares, sem citar quais seriam elas. No caso do Rio, a
escala de trabalho do policial militar é de 24 horas seguida de 72
horas de descanso. "Um horário como este é especialíssimo, um privilégio
em relação a outras categorias", comentou o ministro. No caso das
Forças Armadas, o militar trabalha 24 horas, descansa sete horas e volta
para a nova escala.
Outro problema de permanência por mais tempo é o alto custo porque
exige transporte de tropas, inclusive de um Estado para o outro. "Tudo
tem de ser muito bem avaliado", comentou. (AE)
0 comentários:
Postar um comentário